Juiz de Fora se repete, intermitente...
Por alguma razão, não me senti bem em Juiz de Fora. Não pelas pessoas que me cercavam, que, dentro de todas as possibilidades, mais me pareciam artistas maravilhosos que fincavam seus instrumentos no chão de pedra da escola-academia e ficavam ali, por horas e horas, a la recherche du temp perdu, em busca da nota perfeita, da tradução epistemológica do sentido musical-humano. E coube a mim uma pequena parte, em meio ao todo, um tenor a esgoelar-se nas agudíssimas do "cum sancto spiriti". Era preciso me concentrar pra que tantos glorias, amens e spiritis pudessem me dizer algo que a tão descaracterizada Juiz de Fora não conseguia. A verdade é que busquei um ritmo diferente deste que tenho no Rio de Janeiro e não encontrei. É tão parecida com a minha cidade que até as ruas principais recebem o mesmo nome. Troquei seis por meia dúzia e ainda pagava hotel pra isso. Mas, apesar de todo aquele frio, de toda aquela angústia, descobri que me devia questionar sobre o presente que deveria eu dar ao mundo e não o que deveria retirar dele pra minha própria satisfação. O que exigia uma certa mudança de referencial era bastante descaracterístico do homem em si, mas tenho certeza de que já tenho a resposta.
1 Comments:
po... pensava q ias gostar da viagem! =D
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